Conferência Portugal-China: 506 anos de diálogo entre duas culturas – Academia Internacional de Cultura Portuguesa, Embaixador José Manuel Duarte de Jesus

Por ocasião da sessão da sua tomada de posse como Académico Correspondente da Academia Internacional de Cultura Portuguesa, o Curador da FJA Embaixador José Manuel Duarte de Jesus proferiu, na sede da instituição, sita na Sociedade de Geografia de Lisboa, no dia 19 de setembro, uma conferência subordinada ao tema “Portugal-China: 506 anos de diálogo entre culturas”.

O Embaixador Duarte de Jesus começou por referir um conceito muito usado pelo Professor Adriano Moreira – a circunstância histórica – para caraterizar o nosso diálogo com a China, que se enquadra numa circunstância de mais de 500 anos.

Aludiu ao facto de Portugal ter sido o primeiro país europeu a enviar alguém àquele Império, Jorge Alvares, a mando do sobrinho de Afonso de Albuquerque, então em Malaca, em 1513, e a ter sido também o primeiro a enviar um embaixador, Tomé Pires, e a ter assinado um Acordo comercial com uma autoridade chinesa de Guandong, em 1557. Foi o primeiro Acordo assinado entre um país europeu e a China.

Historiou a nossa presença em Macau e sublinhou a negociação amigável que levou à integração daquele território na República Popular da China. Apontou como o nosso diálogo continuou durante séculos através de Macau. Referiu também o papel dos jesuítas portugueses em Pequim, nos séculos XVII e XVIII, designadamente, o de Tomé ou Tomás Pereira, sublinhando a relação pessoal e amistosa que este criou com Kang Xi. Este Imperador organizou um funeral com pompa e circunstância quando Tomé Pereira faleceu, tendo sido ele próprio a escrever o epitáfio.

Passando para os tempos modernos, falou nos muitos Acordos firmados depois do 25 de abril de 1974, que cobrem os mais vastos domínios, o político, o económico, o comercial, o cultural, o da saúde, do ensino etc.

Para terminar, referiu ainda os últimos 17 Acordos assinados por ocasião da visita do Presidente Chin Jing Ping a Portugal em 2018, dizendo que este nosso velho diálogo amigável continua hoje e continuará no futuro, através de Macau, no quadro do Projeto da Grande Baia e num contexto que engloba os PALOP.

Concluiu afirmando que a China, pela vocação de globalização herdade da Antiga Rota da Seda, continuada hoje na Nova Rota da Seda e Portugal, pela vocação herdada do seu Empório Multicontinental, têm todas as qualidades para continuarem este diálogo multicultural no futuro.

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